2015 chegando ao fim e eu resolvi aparecer por aqui mais uma vez...

desse jeito vão ser uns três posts no próximo ano, porque né?!

Quando 2014 estava no fim minha maior preocupação era o que eu faria em 2015 já que eu estaria formada da faculdade. O que eu faria se não encontrasse um emprego na minha área aqui na região onde moro?! Vou ficar à toa o dia todo vendo séries e fazendo vários nadas?!?! Apesar de ser super legal maratonar várias séries, ler vários livros e ver uma montanha de filmes (que, por sinal, eu fiz anyway), eu não ia me sentir bem, não ia me sentir útil, ia me sentir vagabundeando! Não tenho que lidar com contas para pagar (água, luz, telefone essas coisas, pois sim, moro com meus pais em uma cidade do interior de SP), então ~sobreviver~não era o meu problema e sim talvez ser menos dependente dos meus pais, além de acrescentar coisas ao meu currículo, pois nunca trabalhei de verdade, com carteira assinada e continuo assim até hoje! O ano começou, veio a formatura, amigos foram fazer seus mestrados em outras cidades e a maioria da minha turma se encontrou, assim como eu, sem saber o que fazer da vida!
Mas acabou que 2015, que era o ano do desemprego, foi o ano em que estive na verdade semi-desempregada. Saibam que sou Engenheira Industrial Madeireira por formação, mas o dinheiro com o qual passei veio de aulinhas de inglês para crianças. Sim, eu engenheira (meus professores me enganaram, porque emprego tem mas só longe daqui!) fui ficar duas vezes por semana ensinando inglês para crianças de 8 à 12 anos, numa escolinha recém-aberta do outro lado da cidade, ganhando um salário pequeno porém honesto!
E foi aí que minha carreira de English Teacher começou amados!
Não que eu pretenda ser professora pro resto da vida, na verdade se eu quisesse ser professora de algo eu iria partir pro mestrado e seguir carreira acadêmica ou teria ido tentar pegar umas aulinhas nas escolas da cidade (meu curso permite que eu dê aulas de matemática, química  e física). Só que caí de paraquedas numa sala com nove crianças, tendo que falar um inglês sem fluência alguma, pois nunca tinha colocado meus conhecimentos no idioma em prática. Essa, meus amigos, foi a primeira vantagem de eu ter pego esse emprego ~temporário~ que durou o ano todo e vai durar o próximo também, se for da vontade de Deus.  A necessidade me fez uma "english teacher".
Eu nunca tive vocação para professora: não sou a pessoa mais paciente, não tinha didática de ensinar, (na faculdade eu mais confundia as pessoas do que ensinava a materia para elas), e ainda por cima, não sou a melhor pessoa com crianças, (digo com muitas crianças, porque tenho um priminho e a gente se diverte horrores e, não sei porque  mas crianças gostam de mim haha). Mas se juntar um bando de crianças  numa sala, a coisa complica. Ainda mais quando você tem que disciplinar (chamar a atenção delas, controla-las e olha,os meus alunos gostam de uma conversa) e também divertir pois a aula possui vários momentos de jogos! Mas sabe do que mais? Entre erros e acertos acho que consegui ensinar pra eles um pouco do que eu sei. Eu, uma professora inexperiente com crianças (não cursei pedagogia), meio auto didata no idioma (eu nunca ferquentei uma escola de idiomas presencial, sempre fui na raça de aprender com livros de inglês e depois fiz um curso online com certificado) que ás vezes me enrolo na hora da gramática, mas que percebi e estou estudando mais. Eu que formei em Engenharia mesmo claramente tendendo para área de humanas!
Escrevi essa pequena descrição do meu ano só pra vocês saberem que mesmo a faculdade de engenharia eu cursei por necessidade, pois era isso ou nada (a falta de $$ na minha época do ensino médio era tensa e afalta de oportunidades na região também) e agora as aulas de Inglês,  pois era isso ou desemprego. Por enquanto nada na minha vida tem sido da forma como eu desejava ou planejava, mas tem sido de acordo com os planos de Deus e posso dizer que não sou uma pessoa infeliz, pois tenho feito o que tem dado para fazer e se futuro eu me tornar uma English Teacher experiente e não uma Engenheira ryca, não vai ser tão ruim.
Muitas vezes em conversas com meus colegas de faculdade, alguns tentavam me convercer a seguir a carreira acadêmica pois é uma área segura e com esforço você pode ganhar muito bem e eu sempre refutei, dizendo que dar aulas não era comigo e agora cá estou, lidando com crianças engraçadinhas (a maioria bem educadinha), mas bagunceiros que só, pais que enchem o saco do professor pra caramba e um inglês ainda enferrujado mas que anda a passos largos pra ficar melhor.
Se eu preferia trabalhar na indústria e na minha área de formação (não de coração)?! Sim, mesmo conhecendo a pressão que é (fiz estágio numa das maiores serrarias da região). Mas nem sempre as coisas saem exatamente do jeitão que a gente quer e essa  foi minha lição do ano: aprender a conviver com os acontecimentos da vida e continuar planejando e correndo atrás do que a gente quer! Se conseguirmos o que queremos, beleza! Se não?! Beleza também. Vamos vivendo o agora e perseguindo nossas vontades!
Um bom fim de ano para vocês! Quem está se formando esse ano e também pensa no ano que vem, não se desespere.
Beijos, Angelica

P.S: Ainda volto aqui esse ano com a listinha de melhores livros, filmes e séries do MEU 2015!


Imagens: 

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